quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
SUPEREGO E INTELIGÊNCIA
terça-feira, 19 de novembro de 2024
COMO DISTRAIR O SUPEREGO
quinta-feira, 17 de outubro de 2024
SOFRIMENTOS DO OBSESSIVO
Quem nasce com perfil obsessivo de funcionamento mental pode ser detectado desde cedo: são crianças que lidam com seus brinquedos de maneira arrumadinha, por exemplo.
A obsessividade traz muitas vantagens para quem a tem: as coisas são feitas de maneira caprichada, e são entregues a tempo. Não há desleixo. Por outro lado, a possibilidade de sofrimentos é grande.
Um obsessivo não deixa passar um quadro torto na parede, inclusive na casa dos outros ele precisa se conter para não acertá-los… e muitas vezes não consegue.
Um obsessivo tem horror de desperdício, ele segue a compaixão pelos famélicos da África e raspa o prato. Sua geladeira está cheia de tupperwares com restos de comida para… bem, para não desperdiçar.
Um obsessivo sofre com a “economia de palito”: seu tubo de pasta de dentes só vai para o lixo depois de ter sido aplainado até virar uma folha de papel (atenção: aplainado; nunca estrangulado). O final de um sabonete será colado ao novo (ou posto num pote para… bem, para não desperdiçar).
A pontualidade do obsessivo é outro tormento: “chegar pontualmente é chegar cinco minutos antes”, diz seu lema. Qualquer atraso é um insulto a quem se deixou esperando.
Outra agonia é a ansiedade: ela impõe que tudo seja antecipado e controlado para sair sem erro. Uma viagem de carro é mentalizada a cada quilômetro antes mesmo de se sair de casa.
Controle e pureza, são os dois eixos sobre os quais a obsessividade roda: pureza corporal e pureza de espírito. O pensamento binário “Cecilia Meireles” (“ou isso, ou aquilo”) do obsessivo não conhece “mais ou menos”: ou limpo, ou imundo; ou ama, ou odeia. Um obsessivo que defendia o ensaboamento da cabeça aos pés ficou atormentado quando eu perguntei se ele lavava completamente suas costas. No dia seguinte comprou um escovão de cabo longo.
Ou seja, quer conhecer um Superego 12 anos escocês legítimo? Esse é o Superego do obsessivo…

MAU HUMOR

quarta-feira, 18 de setembro de 2024
ESTRANHOS APEGOS À DOENÇA: RESISTÊNCIAS AO TRATAMENTO

quarta-feira, 28 de agosto de 2024
TRATAMENTO DOS VÍCIOS COMPORTAMENTAIS

terça-feira, 20 de agosto de 2024
FORMAS DE TESÃO
quinta-feira, 1 de agosto de 2024
A FALÁCIA DA SUBLIMAÇÃO

O PEGADOR E A MULHER-MARAVILHA
sexta-feira, 26 de julho de 2024
O PRAZER DA SUBMISSÃO
Há quase 500 anos, Étienne de La Boétie escreveu um ensaio (“O Discurso da Servidão Voluntária”) em que estabelece uma semelhança inédita entre indivíduo e sociedade.
Ele descreve como o sentir-se amparado é capaz de despertar o prazer da submissão, da entrega, seja sexual, seja social, política ou religiosa.
Essa foi uma das minhas primeiras fontes para compreensão de nossa relação com o Superego: como a dinâmica de domínio-submissão que mora em nós, adestrada desde a infância sob o poder concentrado de nossos pais, pode nos levar ao jogo externo de domínio-submissão em graus variados.
Esses jogos vão desde a brincadeira amorosa na cama, até a adesão viciosa a tiranias políticas em que somos, ora passivos, ora ativos, submissos ao tirano e tiranos com os outros.
Tudo isso em troca do amparo de nossos pares. Acho especialmente fascinante como isso pode ser operado: desde maneira alegre e saudável (no playground da cama, por exemplo), até a maneira viciosa e cruel, nas diversas formas de sadomasoquismo, sexual, interpessoal e social.
Sempre em variações percentuais. Nunca no “tudo ou nada”.
(Na imagem: La Boétie, quando escreveu o “Discurso”… aos 18 anos!)
terça-feira, 23 de julho de 2024
GENÉTICA OU CULTURA?

RACIONALIZAÇÃO
quarta-feira, 10 de julho de 2024
O AMIGO PERGUNTA - A PSICANÁLISE E O MÉTODO CIENTÍFICO

terça-feira, 2 de julho de 2024
A MODA E O DRAMA

segunda-feira, 1 de julho de 2024
TRÊS SEGUNDOS QUE MUDARAM MINHA VIDA
O amigo pergunta
“Como você conseguiu se formar psicanalista sem ser através de uma instituição?”
Francisco Daudt: Por causa de três segundos de hesitação. Eu era médico clínico desde 1971 quando, em 1976 resolvi me tornar psicanalista. Procurei meu antigo analista (de 1969 a 74), Roberto Quilelli, para saber com ele como proceder para uma formação.
Ele havia se tornado analista didata (formador de novos analistas) da Sociedade Brasileira de Psicanálise, na época de orientação kleiniana (de Melanie Klein). Diante de minha vontade, entendendo que um candidato precisaria passar por uma “análise didática”, ele me perguntou: “Você retomaria a análise comigo?”
Foi o momento em que hesitei por três segundos… e respondi, “Mas claro que sim!” Tremendo golpe de sorte: ele leu minha hesitação, mais que minha resposta, e disse: “Ok, vou falar com o Walderedo para a gente achar um analista pra você”.
Se não fosse pela hesitação dos três segundos, se não fosse ele inteligente como era, eu provavelmente seria hoje um membro da SBP, com formação kleiniana. Um desastre que ia, pelo menos, atrasar em muito minha vida.
É que a análise com ele não tinha sido nada boa. Como qualquer kleiniano, ele usava o Superego como ferramenta de “cura”. Como eu lhe disse, depois de uns dois anos de análise: “Ah, entendi o processo da psicanálise. É igual ao da igreja católica. Lá, você se arrepende dos seus pecados e promete não pecar mais. Na psicanálise, você se arrepende de seus sintomas e promete nunca mais tê-los.”
O que eu não disse foi que, tanto na igreja quanto na psicanálise, esse processo de “cura” não funcionava. Eu continuei pecando e eu continuava com meus sintomas. Entrei com eles e saí, cinco anos depois (e muita grana depois), com eles. As intervenções dele eram raras e enigmáticas. Eu não falava nada, pois estava intimidado com aquela representação rediviva do meu Superego.
Mas ele me ajudou muito a entender o tipo de psicanalista que eu… não queria ser. Fiquei com aversão a figuras suoeregoicas em geral, e na psicanálise em particular. Ele contribuiu muito para eu querer aprender sobre o Superego, e assim desenvolver a psicanálise que faço hoje.
O resto da história, encurtando, foi ele me mandar falar com o Waldredo Ismael de Oliveira, o super chefe da SBP, e ele me indicar o genro, Roberto Curi Hallal, para ser meu analista formador. Acontece que o genro não era daqui, tinha sido formado na Argentina pelo Angel Garma, um freudiano formado por Theodor Reik, que tinha sido formado por Karl Abraham, formado por sua vez por… Sigmund Freud em pessoa.
Foi assim que minha formação foi: fora de qualquer instituição; nem kleiniana, nem lacaniana (as duas opções de então, no Rio); totalmente freudiana (e eu, que não entendia nada do que Lacan escrevia, entendia tudo escrito por Freud). Foi assim que me tornei um analista em linha direta com Freud, uma “sexta geração”.
Ah, claro, minha segurança vinha também de eu ser médico, e médico tem um poder social ímpar, não se submete a ninguém.
Um somatório de várias sortes: eu ser médico; eu ter encontrado um analista freudiano não institucional; e… aqueles três segundos de hesitação, que foram bem compreendidos pelo Roberto Quilelli.
(Na imagem: Freud; Karl Abraham; Theodor Reik; Angel Garma e Roberto Curi).

quinta-feira, 27 de junho de 2024
O QUE É O DESEJO

terça-feira, 25 de junho de 2024
FORA DE QUE CAIXINHA?

quinta-feira, 20 de junho de 2024
OUVIDO NO CONSULTÓRIO

quarta-feira, 19 de junho de 2024
ZONAS ERÓGENAS PARECIDAS
terça-feira, 18 de junho de 2024
O AMIGO PERGUNTA : PSEUDOCIÊNCIA?

quarta-feira, 12 de junho de 2024
EFEITO PAC - QUANDO A FALTA DE EMPATIA VEM DO TDAH

terça-feira, 11 de junho de 2024
O AMIGO PERGUNTA AO DR.DAUDT AI - CLASSIC (cita os livros consultados)
TIRAR O DRAMA FAZ PARTE DA CURA
IT’S ALIVE!!!!
Agora o Beto fala! A face “humana” do Dr.DaudtAI, o Beto, agora não só responde por escrito. Ele fala! O usuário não precisa escrever texto, o usuário fala com ele, e ele responde com voz.
Quando entrar no aplicativo, vá às barras horizontais acima e a direita da tela e clique nelas. Vão abrir três opções: Classic (pesquisa teórica); Contemporary (consultas profissionais) e Beto AI (conversa). Clique no Beto e pode começar a conversar.
EXPERIMENTE: www.drdaudtai.com
terça-feira, 28 de maio de 2024
O SUPEREGO SE PARECE COM DEUS PAI
terça-feira, 21 de maio de 2024
APRESENTANDO O BETO AI
