quarta-feira, 24 de setembro de 2025
INSTRUÇÕES PARA O DRDAUDTAI DIANTE DA VONTADE DE MATAR
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
INESPERADAS ZONAS ERÓGENAS
É certo que o corpo inteiro seja uma potencial área geradora de prazer/excitação (com a exceção possível dos cotovelos), com uma hierarquia habitual de zonas (genitais, boca, mamilos, perianal, canais vaginal e anal, períneo, face interna das coxas, pescoço, nuca e outras menos votadas), assim como uma hierarquia habitual de tipo de estímulos (oro-lingual; dilatadores - dedos, pênis -; ponta dos dedos).
Mas há um tipo de estímulo - a coceira - que se destaca pelo tipo de prazer que dá: de intensidade crescente, que só cessa pelo cansaço, não por clímax. Daí o “comer e coçar, é só começar”.
As costas são seu alvo preferencial. O curioso é quando a coceira encontra inesperadas zonas erógenas: as virilhas e o canal auditivo. Há pessoas, principalmente crianças, que entram em êxtase quando seus ouvidos são limpos com cotonete. E outras que se recusam a tratar da micose de virilhas, pelo prazer que obtêm ao coçá-las.
Novamente, um prazer de intensidade crescente, mas sem clímax: só se pára por exaustão.
P.S. A micose entre os dedos dos pés também tem seu lugar…
quinta-feira, 17 de julho de 2025
O AMIGO PERGUNTA SOBRE MELANCOLIA
“Você descreve melancolia de uma forma completamente diferente do que se entende, em geral. Melancolia não é uma tendência à tristeza?”
FD: Você tem razão. Qualquer dicionário dirá isso. Mas Freud usou esse nome para descrever um tipo de luto patológico, uma doença, por causa de sua origem grega: melanos: negro + colis: bile.
Seria o sentido original, o envenenamento pela bile negra, um veneno que vem de dentro, não de fora. É como se a pessoa se envenenasse sem perceber: um auto-envenenamento inconsciente.
A melancolia descrita por Freud é uma forma de luto patológico situada entre neurose de transferência e vício sadomasoquista. O sujeito melancólico, ao perder uma figura cruel (como um pai ou mãe narcisista), internaliza esse modo de ser e passa a agir cruelmente com os outros — como se encenasse a relação perdida:
1º tempo: o sujeito age como o ente perdido — cruel, agressivo, destrutivo.
2º tempo: sofre com culpa e autocrítica severa — como se fosse a vítima que nunca pôde se defender.
Isso cria uma encenação sadomasoquista onde o sujeito é ao mesmo tempo o agressor e o agredido.
A repetição ocorre em vínculos afetivos e profissionais, como uma “neurose de transferência invertida”.
Essa descrição se aproxima muito da ideia de uma “síndrome do dedo podre às avessas” — onde não é o outro que fere, mas o próprio sujeito que reencena a violência recebida, buscando inconscientemente ver no outro a resposta que nunca pôde dar.
(Na foto, segundo os antigos, os humores vinham da bile).
terça-feira, 15 de julho de 2025
DO “FREUD EXPLICA” PARA O “FREUD INVESTIGA”
segunda-feira, 30 de junho de 2025
PERVERSÃO X VÍCIO
O AMIGO PERGUNTA SOBRE NOJO
CUSTO x BENEFÍCIO: AVALIAÇÃO INCONSCIENTE PARA CADA ATO NOSSO
ALGORITMO (aprendi hoje)
AS LEIS ERRADAS DO SUPEREGO
O AMIGO PERGUNTA SE OS CÃES TAMBÉM TÊM SUPEREGO
quinta-feira, 22 de maio de 2025
SURPRESAS DA ATUALIDADE
domingo, 20 de abril de 2025
UMA HISTÓRIA DE PÁSCOA
domingo, 6 de abril de 2025
VÍCIOS COMPORTAMENTAIS
O AMIGO PERGUNTA SOBRE O ESTRANHAMENTO E A PSICANÁLISE
PABLO ORTELLADO E “ADOLESCÊNCIA”
terça-feira, 1 de abril de 2025
O AMIGO PERGUNTA SOBRE O SUPEREGO DOS MIMADOS
O AMIGO PERGUNTA SOBRE DIAGNÓSTICO DE VÍCIOS
O AMIGO PERGUNTA SOBRE DIAGNÓSTICO DE VÍCIOS
“Como eu posso saber se sofro de vícios? O que diferencia um gosto de um vício?”
Francisco Daudt: Aqui vão alguns critérios para diagnóstico dos vícios, de forma genérica, não importa se em substâncias ou comportamentais:
Vícios (genérico)
Sintomas
1. Ação compulsiva e repetitiva de aparente vontade própria, mas que causa dano.
2. Alívio das “durezas da vida”; consolo; ilusão de poder.
3. Longo tempo de duração (às vezes desde a infância / adolescência).
4. Grande aluguel (ocupa muito os pensamentos e o tempo da pessoa).
5. Imediatismo (predomínio da satisfação rápida e inibição/ intolerância às construções/ reflexões).
6. Fissura (desconforto por abstinência).
7. Negação de ver como uma doença ; ilusão de que é fruto de sua “escolha”.
Regras para diagnóstico
1. O item 1 dá 100% de diagnóstico. Os demais só dão a dimensão de gravidade.
Perguntas
1. Existe história familiar de vícios?
2. Como começou? Quais foram as circunstâncias duras da época? Fazia parte do grupo de amparo?
3. O que exatamente o vício consola? Quais as “durezas da vida”?
4. O vício em substâncias se acompanha de vícios comportamentais?
5. Vice-versa?
O AMIGO PERGUNTA SOBRE A LOUCURA
OLHANDO O LUCRO
LUTO PATOLÓGICO
sábado, 22 de março de 2025
A ECONOMIA DO LUTO
CSI E PSICANÁLISE

 





















